Episódios de Black Mirror estão virando realidade

episódios de Black Mirror

Fonte: Pixabay

Black Mirror é uma série de ficção científica distópica na Netflix com grande popularidade. Embora muitos de seus episódios mostrem usos preocupantes, ou até mesmo perturbadores, da tecnologia no futuro, muitos de nós nos confortamos com o fato de que tudo não passa de ficção... bem, por enquanto.

Em parte, o que torna essa série tão intrigante é que seus cenários poderiam se aplicar facilmente ao nosso mundo dentro de alguns anos. Algumas das premissas da série já estão virando realidade, levantando muitas perguntas sobre o que o futuro da tecnologia trará para nós e nosso planeta.

#1: Volto Já

No episódio “Volto Já”, uma mulher fica sabendo de um serviço que pode usar Inteligência Artificial (IA) e aprendizado de máquina para replicar a consciência de seu marido falecido usando as fotos e publicações dele nas redes sociais. De início, ela fala com a versão artificial dele on-line, depois por telefone e, por fim, encomendando uma versão robótica dele na vida real.

As versões por bate-papo *on-line *e por telefone dessas tecnologias já existem. Alguns ramos, incluindo cassinos *on-line *e comércio eletrônico, usam essa tecnologia, em que chatbots com IA são capazes de responder a consultas e perguntas básicas. Com grandes passos já dados em IA, em breve poderemos transferir uma consciência recriada para formas robóticas.

#2: Momento Waldo

Nesse episódio, um comediante faz a voz de Waldo, um ursinho animado em CGI bastante inteligente que se candidata à presidência como uma piada durante as eleições. Em uma reviravolta surpreendente, Waldo começa a ter sucesso em sua candidatura, e o dono de sua voz fica cada vez mais angustiado com a situação.

Hoje em dia, tornou-se relativamente comum mapear movimentos e comportamentos humanos e transferi-los para avatares, como na tecnologia Wii da Nintendo ou em jogos de realidade virtual (RV). Com a evolução da RV, podemos esperar muitas situações assim — especialmente porque o Facebook acabou de revelar seus planos de criar avatares personalizados de seus usuários usando o Oculus Rift.

#3: Queda Livre

Em “Queda Livre”, o sucesso das pessoas em suas interações diárias depende de um sistema de classificação social semelhante ao usado no Uber e no Postmates. As pessoas usam uma lente de contato que permite ver as classificações umas das outras, o que influencia suas pontuações em tempo real e suas interações com outras pessoas.

Em pouco tempo, esse sistema poderia ser replicado usando o Hololens, da Microsoft. Embora seja bem mais volumoso que uma lente de contato, essa tecnologia poderia oferecer serviços semelhantes, que já estão sendo usados na China na forma de pontuações de crédito social que variam de acordo com o pagamento de empréstimos, multas e outros fatores sociais. Esse sistema dificulta o acesso de infratores a diversos serviços.

#4: Odiados pela Nação

Esse episódio mostra enormes enxames de abelhas autônomas com IA que são hackeadas e ordenadas a matar uma pessoa selecionada por meio de hashtags do Twitter. Esse episódio já é altamente realista, visto que ao longo dos anos alguns dispositivos robóticos têm sido reduzidos ao tamanho de beija-flores.

Pesquisas com drones autônomos também têm replicado com sucesso a tecnologia em helicópteros, e os desenvolvedores também conseguem simular as formações de enxames com a tecnologia. Em breve, a Nasa poderá até mesmo usar abelhas robóticas para explorar Marte, permitindo que esse episódio se torne realidade por completo.

#5: Arkangel

Esse episódio de Black Mirror mostra uma mãe superprotetora implantando um chip no cérebro da filha que lhe permite acompanhar seus movimentos e ver tudo o que sua filha faz. A mãe monitora a filha usando um aplicativo, que pode borrar imagens perturbadoras na visão da garota.

De acordo com cientistas, esse tipo de tecnologia já está chegando ao mundo real. Monitores de fitness que coletam dados biométricos e informações sobre os movimentos e a saúde de uma pessoa já estão nas prateleiras e, em 2011, pesquisadores de Berkeley já haviam descoberto uma maneira de reproduzir o que as pessoas viam ao medir sua atividade cerebral. Se essa tecnologia se desenvolver ainda mais, em apenas alguns anos, ela poderá muito bem permitir que as pessoas vejam o que as outras veem ou imaginam.

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