Obsessão em trading de criptomoedas

criptomoedas e dinheiro
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Segundo uma pesquisa realizada pela Universidade de Rutgers, a primeira do gênero, há um vínculo entre o trading de criptomoedas e vício em apostas.

De acordo com a pesquisa, há muitos riscos que envolvem a mesma sensação de adrenalina e alto risco.

1. A febre das criptomoedas

O que antes era visto com desconfiança pela sociedade, agora já ganhou bastante aceitação pela mídia e pelo público em geral. Agora, essas moedas virtuais receberam o status de futuro do mercado financeiro.

A criptomoeda é um meio de troca descentralizado que utiliza tecnologia de blockchain (um tipo de livro-registro distribuído e operado em uma rede peer-to-peer de milhares de computadores) e criptografia para garantir a validade de transações e criações de novas unidades da moeda. Bitcoin foi a primeira moeda descentralizada, criada em 2009, e desde então, muitas outras moedas virtuais foram criadas.

Diferente dos sistemas bancários tradicionais, uma boa parte das criptomoedas usam um sistema de controle descentralizado, onde todos possuem uma cópia igual de todo o histórico de transações, assim, impedindo que uma entidade central promova alterações no registro ou no software sem ser excluída da rede. O trading de criptomoedas tem muitas semelhanças com jogos de cassino como caça-níqueis e roleta online, e cresceu astronomicamente nos últimos anos ao redor do mundo.

2. A popularização do mercado

No ano de 2017, o mundo viu a moeda virtual Bitcoin sofrer uma supervalorização e ser cotada a quase 20 mil dólares. Isso foi tão surpreendente que as criptomoedas se tornaram um assunto presente nos bares, reuniões de família e em todos os lugares inimagináveis. Muitas pessoas correram para comprar a moeda, aumentando ainda mais a especulação, e até um problema político atrelado à lavagem de dinheiro, por exemplo.

Representantes de bancos centrais diziam que a adoção dessas moedas virtuais poderia acarretar na perda de confiança dos consumidores nas moedas fiduciárias.

Muitas campanhas de marketing foram feitas nesse período, entre o lançamento de diversas plataformas novas para o trading. Em 2014, foi lançado o primeiro caixa eletrônico de bitcoins nos Estados Unidos, muito semelhante aos caixas eletrônicos bancários. Uma organização beneficente em torno da Dogecoin doou 30 mil dólares para ajudar a financiar a viagem da equipe jamaicana de trenó para os Jogos Olímpicos de Inverno em Sochi, na Rússia. Isso ajudou ainda mais a tornar essas criptomoedas mais popular ao redor do mundo.

medindo o risco
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3. Clínica de reabilitação

Recentemente, uma publicação no site do Hospital Castle Craig (Escócia) anunciou que administrará diversos programas para o tratamento de pessoas viciadas na comercialização de criptomoedas. Embora ainda não seja possível saber a quantidade de pessoas sofrendo desse vício, estima-se que há milhares de pessoas e entusiastas passando por algum tipo de dependência.

O programa foi projetado para fazer o tratamento de acordo com as técnicas já usadas para viciados em jogos de azar, pois segundo especialistas, os viciados em criptomoedas apresentam os mesmos impulsos que os viciados nesses jogos.

O principal objetivo é ensinar essas pessoas a viverem sem comercializar criptomoedas o tempo inteiro, pois elas sempre visualizam o comportamento das flutuações de minuto a minuto nos preços das moedas virtuais negociadas. De acordo com estatísticas, viciados em jogos de azar têm mais chances de cometer suicídio, e por isso, a clínica dá muita atenção aos viciados em jogos de azar por este perigo.

4. Estudo da Universidade de Rutgers

O estudo foi composto por 876 adultos que apostaram pelo menos mensalmente durante um ano (chamados de apostadores regulares). Com o resultado, foi revelado que mais de 50% deles também negociavam criptomoedas durante o mesmo período de 1 ano. O mundo das criptomoedas com certeza não está sem contos e fábulas de pessoas que ficaram milionárias com o clicar de um botão (com ou sem experiência), e por isso, este estudo foi feito com muita atenção nessas pessoas viciadas na adrenalina de arriscar o próprio dinheiro.

Quando o vício atrapalha as atividades diárias, busque ajuda. Alguns sinais disso podem ser:

Hoje em dia também há diversos cassinos que aceitam criptomoedas em vez de “dinheiro de verdade”, o que pode piorar ainda mais o quadro de viciados nessas operações.

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