A economia dos vales-presente

cartões de presente

Fonte: Pixabay

Presentear alguém é sempre um processo complicado, não é mesmo? Conhecer os gostos de uma pessoa, saber do que ela precisa, ou simplesmente o que lhe agradaria como presente pode ser uma tarefa estressante mesmo quando se é próximo do presenteado (o que pode, inclusive, tornar as coisas ainda mais difíceis).

Pois é, acertar o jackpot em um jogo de cassino online é mais simples do que demonstrar seu afeto por alguém na forma de um presente (e você pode usar os vales para comprar crédito na maioria dos cassinos online). Quantas vezes você não esteve do outro lado e ganhou algo que só conseguiu arrancar um sorriso sem graça do seu rosto? A verdade é que as pessoas são muito peculiares, e um presente depende muito dessa personalidade íntima.

Pensando nisso, uma possível solução trazida pela indústria do varejo foram os cartões de presente. Você paga uma determina quantia a uma loja que, por sua vez, disponibiliza um código para que seja possível fazer um resgate de produtos conforme o valor pago. Assim, você presenteia, mas é a pessoa quem escolhe o presente.

Uma questão cultural

O grande debate acerca desse tema é o fato de que existe uma certa pressão por trás do ato de presentear. Muitas vezes, principalmente quando se trata de alguém muito próximo, há uma enorme expectativa em relação ao presente, e isso é inerente à nossa cultura. Pense, por exemplo, no primeiro aniversário de namoro: essa é uma situação aparentemente simples, mas que carrega uma simbologia enorme nas entrelinhas.

Por conta disso, não saber o que dar a uma pessoa se torna algo ainda mais complicado, pois pode causar decepção. Optar pelo caminho racional e oferecer uma quantia em dinheiro é ainda pior, pois pode passar a impressão de “fazendo pouco caso” (claro, os valiosos reais que seus avós costumavam te presentar no Natal não contam).

Com isso, o cartão de presente aparece na tentativa de tornar o ato de presentear dinheiro ao invés de um produto algo menos “frio” e racional. Pelo menos, o cartão ou código ameniza e disfarça um pouco a situação de dar dinheiro. Com o enorme crescimento das lojas online, a prática ganhou mais força. E você, o que acha, ficaria chateado ao receber um cartão ou vale-presente?

presentes de natal embrulhado

Fonte: Pixabay

Cartões não reivindicados

Por diversos motivos, todo ano milhares de cartões e vales-presente não são reivindicados. De acordo com um levantamento da National Retail Federation, nos EUA, 171 bilhões de dólares foram investidos em cartões presentes no ano de 2019, correspondendo a 55% do orçamento médio anual dos consumidores. De todo esse montante, cerca de 6% nunca é reivindicado, o que totaliza aproximadamente 10 bilhões de dólares. Assustador, não?

No Brasil, esse hábito ainda não é tão difundido como lá fora, onde é possível encontrar aquelas prateleiras repletas de cartões das mais diversas empresas em praticamente qualquer lugar. Porém, a situação tem se alterado pouco a pouco, e hoje até mesmo o McDonald’s oferece a opção, além de ter se tornado uma opção bastante prática para fazer compras nas lojas de aplicativos da Apple e da Google.

Para onde vai o dinheiro?

Agora você deve estar se perguntando: para onde vai todo esse valor não reivindicado? Aparentemente, a cultura dos vale-presentes é financeiramente bastante benéfica para os varejistas, visto que recebem o valor em dinheiro, porém nem sempre precisam dispor de seus produtos.

E é isso mesmo. 100% do valor gasto com os cartões ou vales ficam com a empresa, obviamente descontando os custos de produção e demais recursos que envolvem a produção do cartão em si. Porém, o processo não é tão simples, uma vez que a loja não pode fazer projeções acerca do uso do cartão, e precisa manter o possível custo em seu registro orçamentário até que o vale expire, o que costuma levar, pelo menos, um ano.

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