Melhores destinos turísticos com cassinos da Europa: Monte Carlo

Cassino de Monte Carlo
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Na atualidade, o público que aprecia jogos como pôquer, caça-níquel e blackjack podem se divertir sem sair de casa, sendo preciso apenas acessar a internet para ter à disposição centenas de jogos em um cassino online. Contudo, no passado, sem toda a tecnologia que conquistamos nos dias de hoje, as pessoas precisavam viajar longas distâncias para frequentar os cassinos, pois eram poucas as cidades que ofereciam essa fonte de entretenimento.

Na Europa, um dos cassinos que em pouco tempo se estabeleceu como um dos mais requisitados e exclusivos foi o Casino de Monte Carlo, em Mônaco. Com uma estrutura majestosa e impressionante, esse estabelecimento marcou época e continua sendo uma referência em turismo até hoje.

Casino de Monte Carlo no século XIX

Segundo os historiadores, a ideia de criar o Casino de Monte Carlo partiu da Princesa Caroline, e precisou de vários anos até ser finalmente viabilizada. Antes de sua inauguração, em 1863, a Família Real de Mônaco também precisou investir na estrutura local, melhorando a condição das estradas e criando novas opções de acomodação mais luxuosas para atrair a elite europeia ao seu novo cassino.

Foi essa a razão pela qual o famoso Hotel de Paris foi inaugurado, também em 1863. Localizado no coração de Monte Carlo, bem ao lado do cassino, o estabelecimento foi projetado para oferecer aos visitantes uma experiência palaciana e similar ao estilo de vida da realeza. Apesar de já ter sido modernizado desde então, até hoje o Hotel de Paris mantém essa mesma atmosfera, e ainda possui uma praia privativa, um spa termal e restaurantes com estrelas no prestigiado Guia Michelin.

Tanto durante a construção do Casino de Monte Carlo, como também do Hotel de Paris, as equipes responsáveis por esses projetos não pouparam esforços para torná-los deslumbrantes, sendo esse o maior diferencial desses estabelecimentos. No caso do cassino, o mesmo foi inspirado na estética transcendente da Belle Epoque, com salões decorados com móveis e tapeçarias de luxo, além de quadros de grandes artistas europeus. Desse modo, o local rapidamente ganhou o interesse da elite e da nobreza do continente, e passou a ser frequentado por grandes personalidades da época.

Entre os visitantes assíduos, é possível citar a família real da Rússia, incluindo o Grand-Duque Dimitri, e primeiro ministro da Inglaterra Winston Churchill, e várias estrelas da Era de Ouro de Hollywood, como o galã Cary Grant.

Mônaco à noite
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Referências na cultura popular

A atmosfera empolgante e agitada dos cassinos é algo que há muitos anos vem sendo explorado pela cultura popular através de filmes, livros, músicas e programas de televisão. No caso do Casino de Monte Carlo, a sua influência é enorme pois muitos acreditam que o local tenha servido como inspiração para o primeiro livro do escritor Ian Fleming, o clássico atemporal "Casino Royale", sobre as aventuras do agente James Bond. Na obra, o autor descreveu o seu cassino fictício de forma bastante similar ao Casino de Monte Carlo nas primeiras décadas do século XX.

Posteriormente, quando as obras de Ian Fleming foram adaptadas para as telas do cinema, o Casino de Monte Carlo novamente exerceu um papel importante ao ser escolhido como cenário de duas produções "007 - Nunca Mais Outra Vez", de 1983, e "007 contra GoldenEye", de 1995. Ambos os filmes também tiveram locações em outros pontos turísticos de Monte Carlo, incluindo o Hotel de Paris.

Mais recentemente, em 2004, o Casino de Monte Carlo apareceu de novo nas telas do cinema durante o filme "Doze Homens e Outro Segredo", um sucesso de bilheteria protagonizado por astros como George Clooney e Brad Pitt. Enquanto na televisão, por sua vez, o cassino foi o grande destaque do terceiro episódio da série de televisão norte-americana "Climax!". Essas são algumas das referências que reforçam a posição de Monte Carlo como um dos destinos turísticos com cassinos mais consagrados do mundo.

Grace Kelly e o Red Cross Gala

Apesar da popularidade incontestável de Mônaco, o principado se tornou ainda mais ilustre e alvo do interesse internacional com a chegada de Grace Kelly à Família Real. Nascida na Filadélfia, Grace Patricia Kelly iniciou sua carreira como modelo, mas logo foi convidada para estrear nas telas do cinema no filme "Horas Intermináveis", de 1951.

Nos anos seguintes, Grace se tornou musa do ilustre diretor Alfred Hitchcock, estrelando três de seus maiores sucessos "Disque M para Matar", "Janela Indiscreta" e "Ladrão de Casaca". Mas foi com o filme "Amar é Sofrer", de George Seaton, que Grace Kelly alcançou o topo do estrelado ao vencer o Oscar de "Melhor Atriz", em 1955.

Foi nesse período, no auge da carreira, que Grace conheceu o príncipe Rainier de Mônaco, durante a realização do Festival de Cinema de Cannes, na França. Em menos de um ano, Grace Kelly optou por deixar a vida de atriz e casar com Rainier, se tornando assim princesa de Mônaco e protagonizando um dos casamentos mais famosos do século XX, considerado na época como um verdadeiro conto de fadas.

Mesmo após deixar os holofotes de Hollywood, Grace Kelly continuou sendo muito admirada e adorada por fãs do mundo inteiro, os quais aguardavam com ansiedade o Red Cross Gala, que é um baile de caridade anual, realizado em Mônaco desde o ano de 1948.

Após o casamento de Grace e Rainier, a cobertura da mídia sobre o evento se tornou muito maior, fazendo com que o público de todo o planeta voltasse sua atenção ao principado de Mônaco para acompanhar o baile, o qual ocorre sempre durante o verão do Hemisfério Norte. Muitos convidados famosos também marcaram presença no evento durante os anos em que o mesmo foi organizado por Grace Kelly, como Ella Fitzgerald, Shirley Bassey e Charles Trenet.

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